A casa dele era linda! Vi dois carros estacionados na porta, enviei um torpedo e ele me atendeu.
-Oi amor, que bom que veio! Entra! –Disse ele.
-Oi! –Eu entrei, em seguida dei um abraço nele.
-Está aqui minha tia e uma amiga dela. –Ele pegou na minha mão me levando para dentro.
-Conheço?
-Não! A amiga dela não. Quer conhecer agora?
-Vamos lá! –Ele me levou até a área de fora, vimos ela sentada ao lado da tia de Gustavo, era uma garota muito bonita, devia ter 20 anos de idade.
-Oi Glícia! –Eu disse comprimentando à tia de Gustavo. Era uma senhora simpática, tinha 45 anos.
-Oi menina, como você está? –Disse ela.
-Bem e você?
-Bem!
-Essa aqui é a Luciana. –Disse Gustavo.
-Olá! –Disse ela.
-Oi! –Eu disse.
-Luciana, essa é a Eduarda. Agora que vocês já se conhecem vão nos dar licença. –Disse Gustavo.
-Tudo bem! –Disse Luciana.
Fomos até a cozinha, me sentei ao balcão junto de Gustavo.
-Amor, como você está o que está rolando? –Disse ele sorrindo pegando na minha mão.
-Nada amor, eu estava com muita saudade de você, ainda estou!
-Gata! Estamos juntos! –Disse ele rindo.
-É! –Eu disse.
-Eu também estava com saudade.
-Gato! Estamos juntos! –Ele riu novamente, se aproximou e me deu um beijo.
-E aí?
-Está melhorando.
-Desculpa amor, às vezes fico muito distante.
-Por quê?
-Não sei, mas quando me aproximo de você eu me sinto bem.
-Então fica sempre próximo!
-Como você diz ok! –Eu ri.
-Gustavo! Onde está o sorvete que você disse que tinha comprado pra mim? –Disse Luciana.
-Na geladeira.
-Valeu, desculpa incomodar gente! Está calor demais! –Disse ela abrindo a geladeira.
-Está desculpada. –Disse Gustavo fazendo uma cara de quem não gostou.
-Pronto, achei! –Disse ela saindo da cozinha.
-Chata! –Disse ele.
-Calma! –Eu disse sorrindo.
-Quer comer alguma coisa?
-Não. Quero beber água.
-Vou pegar.
Era bom estar com ele, mesmo que o nosso relacionamento tenha se desgastado um pouco, ele trouxe um pouco de água. Tomamos juntos.
-Acho que já sei o que vamos fazer amanhã.
-O que amor?
-Vamos ir ao culto de jovens? –Não sabia o que ele ia responder.
-Não sei, pensei que íamos à festa.
-Pensou?
-Pensei Eduarda, você não quer?
-Não muito, não gosto de me misturar com aquela galera da escola.
-Por que amor?
-Porque rola coisas que eu não gosto.
-Tudo bem, então você quer ir ao culto?
-Isso!
-Vamos ao culto!
-E você amor?
-Não se preocupe. –Disse ele me dando outro beijo.
-Tudo bem!
-Vamos assistir alguma coisa, vem?
-Ok!
Fomos até a sala, nos sentamos no sofá. Começamos a assistir um filme de comédia. Foi muito bom estar com ele. Gustavo às vezes fazia coisas para me deixar feliz, mesmo que não fosse a vontade dele no momento. Mais tarde Glícia e Luciana se juntaram a nós. Recebi uma mensagem da minha mãe: ‘Duda, vem pra casa. Estamos te aguardando. ’
-Amor eu tenho que ir! –Eu disse bem baixo.
-Fica mais, janta com agente.
-Eu vou ligar para minha mãe.
-Está bem.
Afastei um pouco e liguei para minha mãe.
-Oi! –Disse ela.
-Oi mãe.
-Filha, vem pra casa.
-Eu não posso ficar mais não?
-Não, eu acho melhor você vir!
-Mãe? É sexta-feira!
-Eu sei!
-Eu queria jantar com ele, a tia dele, a amiga. Posso?
-Tudo bem. Vou deixar, mas não chega a casa tarde!
-Está bem, beijo.
-Beijo!
Voltei à sala e me sentei do lado de Gustavo.
-E aí, o que ela disse? –Disse ele.
-Disse que eu posso ficar.
-Que bom amor, quer subir?
-Não amor. Vamos ficar aqui!
-Vamos amor! –Disse ele sorrindo e pegando minha mão.
-Está bem!
Subimos para o andar de cima e fomos direto até a varanda, olhávamos a paisagem.
-Amor? –Disse ele.
-Oi! –Eu disse amando aquele momento.
-Não pense que não é especial pra mim, você é! –Eu sorria.
-Você é muito especial pra mim Gustavo!
-E você mais ainda pra mim!
-Sou mesmo?
-Claro! –Gustavo se aproximou.
-Vou confiar!
-Amor, você é a pessoa certa pra mim, linda, meiga, você tem conteúdo!
-Conteúdo?
-É! Sensata, não quero te deixar, porque com você tem que ser especial!
-Está bem amor, com tantas palavras assim...
-Assim?
-Ganha meu coração. –Ele riu. Eu somente sorria.
-Se eu dissesse que amo você? –Naquela hora me deu um frio na barriga.
-Não sei se acredito!
-Por quê? –Ele ficou sério. Não sabia nem o que dizer, fiquei sem graça.
-Você fica todo lindo com esse sorriso me falando do meu jeito, sempre elogiando e eu sem saber o que fazer poderia fazer besteira, mas eu receberia com o maior prazer o seu amor.
Ele me olhou e sorriu me deu um abraço e ficou assim por alguns segundos, me dava beijo, mas me abraçava. Quando se afastou um pouco, parecia meio pensativo e eu não sabia o que dizer. Eu me aproximei dele.
-Quero te levar há um lugar especial quando agente fizer um ano de namoro. –Faltavam poucas semanas para que completassem um ano de namoro.
-Falta pouco!
-Vai ser muito bom!
-Gustavo! –Gritou Glícia.
-Deve estar pronto nossa janta, vamos?
-Vamos! –Ele me deu um beijo, descemos nos sentamos á mesa. Na casa de Gustavo não tinham o costume de orar, a mãe dele era evangélica, somente quando ela estava oravam.
-Mandei fazer um suco para nós! –Disse Glícia.
-Que bom, o tempo está bem quente, Maria serve o suco para nós. –Disse Gustavo.
-Belo programa de sexta-feira. Podíamos ter nadado! –Disse Luciana.
-É mesmo!
Maria, a empregada servia o suco a todos nós até que esbarra em Gustavo.
-Perdão! –Disse ela.
-Maria, eu já falei para você tomar cuidado, se derramasse esse suco na minha roupa ia sair do seu pagamento, não é uma blusa de vinte reais, é muito mais que isso! –Ele disse em um tom alto, não foi agradável.
-Desculpe-me! –Disse ela terminando de servir e saindo. Luciana sorria Glícia não tinha um olhar de aprovação. Eu muito menos.
-Acalme-se Gustavo. –Disse Glícia.
-Quer o quê tia? Esse povo... Tudo bem! –Disse Gustavo, parecia estar sem paciência.
-Não precisava disso tudo! –Eu disse olhando ele.
-Eu concordo com Gustavo, empregado é pago, tem que fazer o serviço direito. –Disse Luciana. Aquilo não me pareceu bem.
-Obrigado Luciana! Vamos jantar. –Assim fizemos, jantamos, quando terminamos Glícia já estava indo embora com Luciana.
-Eu tenho que ir pra casa. –Eu disse, não sentia muito bem depois do jantar que tivemos.
-Tudo bem, eu levo você.
-Está bem.
Despedi de Glícia e Luciana, Gustavo me levou para casa. Na porta da minha casa ele se despedia de mim.
-Amor, me desculpe. –Disse ele.
-Tudo bem amor, bom estar com você.
-Também!
Ele me deu um abraço, se despediu e foi embora, quando cheguei a casa minha mãe me esperava.
-Oi mãe! –Eu disse.
-Oi Eduarda. –Disse ela.
-Tudo bem?
-Sim e você?
-Bem!
-Samuel ligou, pediu pra você ligar para ele. Seu pai saiu, foi resolver alguns trabalhos da igreja.
-Está bem, eu vou subir para o meu quarto.
Liguei o notebook, me sentei e liguei para Samuel.
-Oi Duda! –Disse ele.
-Oi!
-Tudo bem?
-Sim, e você?
-Bem, te liguei, mas não atendeu, aí liguei para sua casa e sua mãe atendeu.
-Ele me avisou, onde está? Estou ouvindo uma conversa alta.
-No shopping com os meninos, Vinicius, agente está no trabalho do Lucas.
-É mesmo? O garoto é responsável.
-Sim, mas e você?
-Em casa, acabei de voltar da casa do Gustavo.
-Que bom.
-Foi muito bom.
-Bom pra vocês.
-Para! –Eu ri.
-Ta!
-Amanhã, não esquece, vamos para a casa da Liliam.
-Com certeza, só vai dar nós!
-Ok!
-Eu vou buscar a Clara!
-É mesmo? Nossa!
-Calma garota!
-Estou calma!
-Eu vou lá.
-Está bem, manda um abraço pra galera!
-Tchau!
-Tchau!
Assim que terminei a chamada fui tomar um banho. Quando terminei me conectei, liguei para Liliam.
-Oi prima! –Eu disse.
-Oi amor! –Disse ela.
-Só ligando pra saber como você está e amanhã.
-Estou bem graças a Deus, amanhã já está tudo combinado, e você?
-Bem!
-Fala um minutinho com o Rodney, eu tenho que terminar uma carne. –Eu ri.
-Tudo bem! –Enquanto eu mexia no Twitter, na internet Rodney me chamou.
-Fala Duda! Como você está nega?
-Bem e você? –Eu disse. O jeito dele era bem engraçado. Rodney era um homem bem maturo inteligente, amava muito a Deus.
-Bem também! A Liliam está trabalhando em uma janta deliciosa, se estivesse aqui ia ver que delícia, é hoje que eu posso ganhar alguns quilos!
-Nossa!
-É mesmo, só o cheiro te deixa com água na boca! Ela é linda! –Ele disse rindo.
-Que legal!
-Amanhã nós te aguardamos aqui!
-Com certeza, quero aquele chocolate quente que você faz delicioso!
-É mesmo, agente pode tomar chocolate quente e queijo!
-Isso! A Liliam vai matar a gente.
-Com certeza! –Nós rimos. –Eu vou passar pra ela.
-Está bem!
-Chocolate quente? –Disse Liliam.
-Claro Liliam!
-Vou jantar depois agente se fala beijo minha linda, que Deus abençoe você!
-Certo a você também! E um abraço para o Rodney!
-Ok! Beijo!
-Beijo!
Amava mexer no Twitter, vi uma nova atualização de Samuel, quando vi era uma foto que ela caba de enviar, para minha surpresa era dele e de Clara em uma loja que parecia ser de instrumentos musicais. Salvei a foto. Fiquei mexendo até que minha mãe me chamou. Quando desci para a sala vi que Aline estava lá.
-Oi mãe! Oi Aline! –Eu disse.
-Oi! –Disse ela.
-Eu vou pedir para preparar um suco para vocês.
-Vamos estar no quarto! –Fomos até meu quarto.
-Ai amiga! –Disse ela em um tom de quem não estava tão bem, se sentou em minha cama junto comigo.
-O que foi?
-Desculpe ter vindo sem avisar.
-Tudo bem, o que aconteceu?
-O de sempre, mas quis ver você, sabe que eu gosto de contar com você nessas horas.
-Tudo bem, já entendi, brigou com Felipe.
-Por aí! Discussão boba.
-Não fica triste.
-Não estou, tem hora que agente para tudo e pensa nas coisas.
-Fica numa boa!
-Tudo bem.
-Quer falar alguma coisa?
-É que eu estou meio chateada. Na verdade eu não quero ir à festa amanhã, é tudo superficial eu não quero, mas o Felipe é outro assunto.
-E ele faz questão que você vá?
-Sim! E mesmo se eu não for ele vai.
-E aí você vai atrás. –Ela riu.
-Não vou negar. Amiga você diz que sou meiga, fofa, mas, viver em função do que os outros pensam não é vida!
-É verdade.
-O que você está fazendo?
-Como assim?
-No computador.
-Twitter, por quê?
-Nada! Eu tinha visto.
-Ok.
-Lembra quando você era maluca por Deus?
-O quê? –Não entendia porque ela perguntava aquilo, ela não tinha interesse em Deus.
-Quando você vivia com aquele sorriso, era de dar até inveja!
-Sei, por quê?
-Ah, sei lá, você tinha uma coisa, vivia falando comigo com a Vanessa!
-Era mesmo, um ano atrás!
-Porque você não é mais daquele jeito? Deus não é tudo o que dizem?
-Não é isso, o problema não está em Deus, está no ser humano!
-Sei, toda aquela coisa que você tinha era um pouco chato, mas fazia bem a você, eu vou te falar uma coisa, mas não sai daqui. A Vanessa morria de inveja!
-Sério?
-Demais, quando começou a namorar o Gustavo, foi horrível!
-E hoje?
-Não, até porque vocês eram mais amigas e aí foi afastando e deu isso!
-Não pensava isso e eu sempre detestei essa coisa que ela tinha em definir o Gustavo como se ela sempre tivesse razão!
-Não ligue, eu não vou muito com a cara do Gustavo, mas não dá idéia pra isso.
-Ele te fez alguma coisa Aline?
-Não, não se preocupe!
-Mas conversa com o Felipe.
-Eu já tentei, mas tem uma coisa, nesse mundo que agente vive, aprendemos a viver segundo a vontade e idéias dos outros. Fazemos tudo para agradar, mudamos de estilo, de valores só para agradar os outros, o Felipe é assim, como Vanessa, como Gustavo, eu sei que eu também faço isso, sem exagerar. Eu vim aqui na sua casa uma hora dessas encher o saco, mas é bom falar com você! –Eu sorri.
-Também é muito bom falar com você!
-Eu vou pra casa!
-Fica mais?
-Não, tenho que ir!
-Tudo bem!
-Vamos! –Eu a acompanhei até a porta, nos despedimos e ela foi embora. Minha mãe apareceu na sala.
-Já foi? Já ia levar o suco!
-Não se preocupe mãe, ela é uma pessoa meio inquieta!
-Tudo bem, o seu pai até agora não voltou...
-Liga Sofia!
-Não, não sei se está em casa!
-Liga! Vou subir.
-Está bem!
Fui até meu quarto li todos os twetts, estava muito bom, mas pouca atualização dos meninos eu acabei indo dormir. Era sábado! Acordei feliz, animada! Peguei uma das minhas melhores roupas e deixei separada, desci para tomar café da manhã.
-Oi mãe, pai! –Eu disse.
-Oi Duda! –Disse meu pai.
-Bom dia! –Disse minha mãe.
-A Liliam ligou, pediu para você ligar para ela assim que tivesse acordada.
-Esta bem!
-Bom dia. –Disse dona Clarisse.
-Bom dia dona Clarisse, anime-se é sábado! –Eu disse pegando um suco de manga.
-Animar? Bom pra você, eu tenho que organizar uma faxina, se sua mãe botar as músicas que falei... –Disse ela sorrindo.
-Não senhora, ela quer escutar forró gospel! –Minha mãe não gostava de forró.
-Deixa mãe!
-É, vamos colocar um forró pra ela!
Disse meu pai. Eu peguei o telefone e liguei para Liliam. Assim que ela atendeu escutei som muito alto de música.
-Oi Duda! –Disse ela.
-Oi meu pai me deu o recado.
-Bom dia! Estou arrumando o som aqui da televisão, os meninos estão querendo assistir um programa que passa as 14h45minh da tarde, e é uma loucura!
-Que legal, acho que já vi. E a comida?
-Tem tanta coisa aqui que eu estou preparando...
-Tinha que pensar na comida, não é? –Disse Rodney interrompendo Liliam.
-Sai amor! –Disse ela.
-Ele não tem trabalho não? –Eu disse rindo.
-Tirou folga hoje! –Disse ela rindo, eu podia escutá-lo resmungar enquanto eu e Liliam ríamos muito.
-Quer que eu vá quantas horas?
-Umas onze você pode estar se quiser.
-Está bem! Vou tomar café.
-Ok!
-Você vai ver quando chegar aqui! –Disse Rodney.
-E Rodney! –Eu disse. Ela terminou a chamada.
Fui tomar café da manhã com meus pais.
-Duda, quantas horas você vai voltar da casa da Liliam? –Disse meu pai.
-Mais para tarde.
-Vai ao culto com eles? –Disse minha mãe.
-Vou ir com Gustavo.
-Com Gustavo? Ele também vai para lá? –Disse meu pai.
-Não combinamos nada, mas peço para ir.
-Está bem! –Disse minha mãe.
Tomamos café, estava muito animada. Deixei meu pc ligado, tomei um banho e vesti minha roupa, uma calça jeans preta, uma bata branca sem nenhum detalhe, meu All Star e deixei meus cabelos soltos. Terminei de me arrumar e fui ver as atualizações no twitter, eram muitas, conectei no meu celular, desci e vi minha mãe na sala.
-Mãe, me leva na casa da Liliam?
-Sim, eu levo quantas horas?
-Daqui a pouco! Sentei no sofá vendo todas as atualizações. Gustavo ligou para mim.
-Oi amor! –Disse ele
-Oi amor, como está?
-Bem e você? Vai saí?
-Sim, vou ir à casa da Liliam como tinha dito.
-É! Eu estou em casa organizando algumas coisas, e hoje à noite?
-Vamos ir a igreja, não é?
-Isso, aproveita lá na casa da Liliam e manda um abraço.
-Está bem.
-Tchau amor!
-Tchau! –Ele terminou a chamada, minha mãe estava pegando a bolsa dela.
-Que ir agora? –Disse ela.
-Sim, vou despedir do pai.
-Está bem!
Fui até meu pai, ele estava na área da piscina.
-Pai eu vou ir agora!
-Já? Tudo bem, vai com Deus filha. –Disse ele sorrindo.
-Amém! Tchau!
-Tchau!
Fui para a garagem, minha mãe já estava pronta para tirar o carro, entrei, ela ligou o som e saímos.
-Eu não agüento dona Clarisse escutando forró, é muito chato! –Disse ela.
-Ela gosta mãe.
-Eu não, mas tudo bem, só para arrumar a casa uma vez na semana, como ela faz eu não me importo!
-É!
-Cuidado lá, não me apronte nada!
-Está bem!
-Quem vai estar?
-Rodney, Samuel, Clara, Lucas. Esses!
-Está bem, qualquer coisa me liga.
-Está bem! Mas acho que não vai precisar não.
-Porque, você não sabe!
-Mãe, eu tenho 17 anos.
-Tudo bem! Eu vou dar uma passada na casa da sua avó, quando vai ir?
-Agente combina.
-Certo!
Minha mãe dirigiu até lá, quando cheguei vi o carro de Rodney, bati na porta, minha mãe foi para a casa da minha avó, Rodney atendeu.
-Aí está você! –Disse ele sorrindo.
-Oi Rodney! –Eu disse sorrindo.
-Entra! –Eu entrei acompanhada dele, vi que na sala estava Clara e Samuel.
-Oi gente! –Eu disse.
-Eu volto já! –Disse Rodney.
-Oi Eduarda! –Disse Clara.
-Oi Duda! –Disse Samuel.
-Tudo bem? –Eu disse me sentando ao lado deles.
-Tudo, que bom que chegou! –Disse Clara.
-Hoje eles fizeram aquela turbinada na televisão! –Disse Samuel sorrindo.
-Me disseram que vai ter um programa aqui, que vai ser muito bom!
-È verdade! –Disse Clara.
-Oi, bom dia! –Disse Liliam entrando na sala.
-Oi prima! –Eu disse.
-Como está? –Disse ela me comprimentando.
-Bem, Samuel já está falando da televisão!
-É verdade! Pode ligar. Eu estou só dando uma arrumada na comida, eu volto agora mesmo, tudo bem?
-Tudo bem, fica despreocupada! –Disse Clara.
-Ok! –Disse Liliam saindo da sala.
-Onde está o Lucas, em? –Disse Samuel.
-Ele está demorando mesmo. –Disse Clara.
-Liga pra ele! –Eu disse.
-Vou mesmo. –Disse Samuel pegando o celular.
-Eu gosto muito de vir aqui, nossa! Ela faz cada coisa com as roupas! –Disse Clara sorrindo.
-Pior que é, socorro de última de hora? É com ela mesma! –Eu disse sorrindo.
-Vai ser tão bonito o casamento dos dois! –Disse Clara.
-Lucas, onde está você? –Disse Samuel.
-Pergunta ele se vai demorar. –Disse Clara.
-Vai demorar?
-Deve está vindo! –Eu disse.
-Anda logo! Tchau! –Disse Samuel.
-E aí? –Disse Clara.
-Está vindo, passou no supermercado para comprar refrigerante.
-Legal! –Disse Clara.
-Vocês querem tomar um suco? –Disse Liliam com uma bandeja na mão trazendo suco.
-Eu quero! –Disse Samuel.
-Com certeza Samuel Você? –Disse ela nos servindo.
-Obrigada! –Disse Clara.
-E o Lucas? –Disse Liliam.
-Está vindo, disse que estava comprando refrigerante.
-Eu pedi pra ele comprar. O Rodney está dando um de cozinheiro!
-Que legal! –Eu disse sorrindo.
-Muito bom! Estão pensando o quê? –Disse Samuel.
-Ai! Até parece! Ele é meu lindo amor! –Disse ela sorrindo.
-Nossa! –Disse Clara.
-Me deixa ir! –Disse Liliam.
-Eles são tão lindos! –Disse Clara.
-É! –Disse Samuel rindo.
-O que foi? –Eu disse.
-Nada! –Disse Samuel. Naquele instante o interfone tocou. Rodney passou indo atender, nós ainda conversávamos. Era Lucas com um fardo de refrigerante.
-Oi gente! –Disse ele.
-Oi! –Nós falamos juntos.
-Que legal que você chegou! –Disse Clara.
-Que isso! E sei que vocês já estavam preocupados, mas estou aqui! –Disse Lucas com os risos de Clara e Samuel.
-Vamos logo Lucas, com essa força que você tem esse refrigerante vai cair! –Disse Rodney.
-Até parece! –Disse Clara.
-Se você estiver cozinhando... –Disse Lucas sorrindo.
-Vamos logo! –Disse Rodney levando Lucas para a cozinha.
-O Lucas é meio doido! –Eu disse, naquele momento, Clara e Samuel ficaram sérios olhando pra mim.
-O que foi? –Eu disse.
-Nada! –Disse Samuel começando a rir, então percebi que eles estavam brincando comigo.
-Que bom que ele trouxe logo o refrigerante, mal vejo a hora de comer! –Disse Clara.
-Que isso Clara? Está com fome mesmo! –Disse Samuel.
-Nunca mais eu espero que Liliam faça isso! Estou exausto! –Disse Lucas se sentando ao lado de Clara.
-Por quê? –Disse ela.
-Foi uma fila enorme, senhores da terceira idade! –Disse ele sorrindo quebrando aquele clima de que estava com raiva.
-Fez uma boa ação! –Disse Samuel.
-O almoço está quase pronto! –Disse Liliam.
-Amém! –Disse Lucas.
-Esse Lucas, na hora de comer também... –Disse Liliam.
-E! Para com isso! –Disse ele, eu comecei a rir.
-O que foi? –Disse Liliam sorrindo.
-Lucas, o que está acontecendo? –Eu disse.
-Não é o que está pensando! –Disse ele.
-Pronto! Vamos para a sala de jantar! –Disse Rodney.
-Sério? Já está pronto?
-Vamos nos aquecer! –Disse Rodney.
Fomos até a sala de jantar, lá nos sentamos à mesa já estava posta, era 11h45minh e nós ainda não estávamos almoçando, mas se divertindo muito. Esperei o tempo passar, e liguei para Aline.
-Oi amiga! –Disse ela.
-Oi, como você está?
-Bem, e você?
-Bem, por enquanto!
-Por quê?
-Nada! –Eu não queria comentar muita coisa com ela.
-Estou na casa do meu tio, ninguém merece! Ele é meio sujo.
-O que está fazendo aí?
-Meus pais não estão em casa, e eu acabei vindo pra cá!
-Eu vou dar uma saída, está bem?
-Tudo bem! –Terminei a chamada.
Parte 6 - Uma tarde que alegrou muito!
Estava muito gostoso na casa de Liliam, ela ligou um som ao fundo, comíamos a vontade, tinha de tudo, peixes, salada, frango, batatas fritas, risoto, lasanha, era tanta comida, eles capricharam. Já tínhamos terminado de comer, sentamos na sala, Liliam ligou a televisão, pelo visto todos tinham se alimentado bem. Rodney desligou o som, estava terminando de ajustar a televisão Lucas sentou perto de mim e começou a conversar comigo.
-Fala Duda! –Disse ele sorrindo.
-Tudo bem?
-Sim e você, como vai?
-Vou bem! Nada demais.
-Que bom, hoje o culto de jovens vai ferver!
-Que legal, eu vou ir!
-Vai mesmo?
-Sim, eu e meu namorado!
-Legal! Eu acho que já o vi!
-Sim, na casa da Clara!
-Foi mesmo, nem me fale, foi no dia que aconteceu aquele acidente. –Eu sorri, com muita vontade de rir.
-É! –Ele sorriu.
-Você não tem idéia de como a Clara me encheu depois! Ela estava sendo muito educada àquela hora.
-O que você está falando Lucas? –Disse Clara se aproximando.
-Aquele dia na sua casa. –Disse ele sorrindo.
-Foi bom!
-Sim, foi mesmo! –Disse Lucas.
-Dia na sua casa? –Disse Rodney.
-Sim, fomos assistir ao filme. –Disse Clara.
-No dia nós estávamos trabalhando amor. –Disse Liliam.
-É verdade, se não a Clara ia ver. –Disse Rodney se sentando mudando de canal.
-Até parece Rodney! –Disse Clara.
-O que foi? –Disse Samuel entrando na sala.
-E Samuel, nada! –Disse Rodney.
-Eu não fiz nada! –Disse Samuel. Liliam começou a rir.
-Chega gente! Vamos assistir à televisão. –Disse Rodney.
-Esse povo aqui é tudo louco mesmo! -Disse Clara.
-Quero ver você dançar igual aquele dia! –Disse Rodney.
-Que dia? –Disse Clara.
-No domingo, foi bem legal! –Disse Liliam.
-Foi mesmo, você fez uma linda dança! –Disse Samuel.
-No dia que você mais está no pó, mais Deus te honra, mais Deus opera! –Disse Clara.
-É sério. –Disse Lucas.
Naquele instante, um momento mais sério ficou. Enquanto eu ajudava Liliam na sala de jantar, os meninos ficaram na sala. Eu e ela conversávamos.
-Está muito bom o sábado! Que bom que vocês vieram! –Disse Liliam.
-Está mesmo!
-Ri demais, Lucas com uma cara de cansado com o fardo de refrigerante, até pedi desculpas para ele.
-Ele é muito bobinho.
-Uma pessoa bem legal, você gostou dele?
-Achei bem legal! Por quê?
-Eu gosto dele, uma boa pessoa! Assim como Samuel.
-É verdade!
-Como está o namoro?
-Vai bem.
-Vai mesmo?
-Espero que sim, não estava tanto, com algumas arrogâncias, mas agora melhorou!
-Que bom qualquer coisa você pode contar comigo!
-Estamos juntas! –Eu disse rindo levando com ela os últimos pratos para a cozinha.
-Estava boa a comida?
-Estava com certeza!
-Vamos lá para a sala?
-Sim! –Fomos até a sala, todos estavam bem à vontade, sentados no chão Samuel, Clara Lucas, no sofá, Rodney, eu e Liliam nos sentamos no sofá.
-Amor, o que está passando?
-Nada demais, eu estou dando uma olhada aqui.
-Vou Twittar! –Eu disse.
-Boa idéia! –Disse Lucas.
Enquanto eles assistiam à televisão eu estava olhando os twetts recentes. A galera sempre twittava o que estava rolando, decidi seguir o programa que íamos assistir, pelo visto o programa demonstrava ter muito humor. Acabei recebendo um twett, era de Lucas, dizia: ‘Olha só a cara do Samuel!’ Quando olhei Samuel dormia com a boca meio aberta, ri bem baixo e mandei outro twett: ‘Apagou!’ Estava bem legal estar na casa da Liliam.
-Deixa tocar violão? –Disse Lucas.
-Claro! –Disse Liliam, ela se levantou e foi até o quarto pegou o violão rosa que tinha desde nova.
-Que isso? –Disse Lucas, eu rindo achando bem divertido.
-O meu violão, eu mal toco, foi um presente de aniversário de dezessete anos.
-Está bem! –Disse Lucas.
-Vamos lá para fora! –Disse Liliam. Eu, Liliam e Lucas fomos até a área de fora. Rodney veio em seguida, Lucas começou a tocar.
-Quer saber hoje algum de vocês vai cantar. –Disse Lucas.
-A doidinha aqui! –Disse Rodney apontando pra mim.
-Não mesmo!
-É verdade, você vai ter que cantar! Fala aí, o que curte?
-Tanta coisa. –Não queria passar vergonha, gostava muito de música secular, eles não gostavam.
-Já sei o que você gosta! –Disse Lucas tocando uma música que eu realmente gostava, não entendia como ele sabia então a vergonha veio e eu não consegui cantar, ele parou de tocar.
-Canta Duda! Eu te ajudo. –Ele começou a tocar de novo, Rodney ria tomando bastante refrigerante Lucas começou a cantar e eu o segui, mas minhas mãos suavam então ele parou de cantar e eu também.
-O que foi prima? –Disse Liliam.
-Não sei! –Eu disse.
-Ela está nervosa! –Disse Lucas rindo.
-Canta, vai? –Disse Liliam.
-Tudo bem! –Lucas sorrindo começou a tocar novamente, eu comecei a cantar: ‘Jogue tudo que se tem pra jogar pela janela, do mais alto prédio, se desfaça das antigas cartas e das caixas velhas, esqueça o velho amor. ’
-Até que em fim! –Disse Rodney.
-Mesmo assim parou no início! –Disse Liliam.
-Foi bem, mas não soltou a voz. –Disse ele sorrindo.
-É verdade, com toda essa pressão! –Lucas tocava, enquanto conversávamos. Eu sempre observava Lucas tocar o violão, Rodney de surpresa tirou uma foto de Lucas com aquele violão.
-Rodney, não esqueça o que eu tenho seu bem guardado! –Disse Lucas.
-O quê? –Disse Liliam.
-Não posso falar, apaga isso! –Disse Lucas.
-O programa está quase começando. –Disse Clara na porta.
-Eu vou colocar a pipoca, vem amor. –Disse Liliam.
-Vou entrar! –Eu disse.
-Vem Lucas? –Disse Clara.
-Já vou! –Disse Lucas, fui junto com Clara para dentro da casa, sentei no sofá, Liliam e Rodney estavam na cozinha.
-Que zoação foi essa que você arranjou comigo Eduarda? –Disse Samuel, eu rindo.
-Brincadeira! –Eu disse.
-Ele dormindo é fofo demais! –Disse Clara.
-Obrigado! –Disse Samuel. Lucas entrou na sala e se sentou. Estranho o semblante dele.
-Está quase pronto! –Disse Liliam se sentando ao meu lado.
-Obrigado pelo violão Liliam. –Disse Lucas.
-Que isso! –Disse ela pegando o violão e levando para o quarto.
-Está quase começando, vai ser muito bom! –Disse Samuel.
-Liliam! –Gritou Rodney da cozinha. Olhei para Lucas ele estava meio inquieto, me acomodei bem no sofá.
-Você vai gostar muito e rir demais! –Disse Clara para mim.
-Vamos mandar participação! –Disse Lucas.
-Eu envio!
Logo, Liliam já nos servia, trouxe pipoca e refrigerante junto com Rodney, eu estava muito querendo ver o programa, no Twitter eles sempre twittavam, até que finalmente o programa começou, todos ficavam bem animados. No programa tinha uma bancada com quatro pessoas, uma só garota, todos bem divertidos, uma platéia que tinha muita energia, uma banda bem legal, a cada programa uma banda diferente, um Dj e um apresentador muito maluco. Era super engraçado, os meninos tentavam ligar, Lucas twittar. Liliam não parecia estar bem interessada, eu a chamei bem baixo.
-Liliam! –Eu disse.
-Oi! –Disse ela.
-O que foi?
-Nada!
-Pode falar!
-Nada! –Disse sorrindo, os meninos riam muito até que uma pessoa que estava sentada na bancada com um apelido bem engraçado leu um twitt do Lucas: ‘Salve galera, eu e uma turma estamos nos divertindo muito com essa bancada doida! Deus abençoe!’ Então o apresentador disse:
-É isso aí Lucas, valeu pela participação! –Aquelas pessoas não me eram estranha, pois o programa era feito na minha cidade e como era feito na minha cidade e eram evangélico, eles realmente não me era estranhos.
-Que louco! –Disse Lucas bem empolgado!
-Aí, pelo menos participamos do programa! –Disse Samuel.
-Trinta segundos, mais foi! –Disse Clara.
-Agente entende! –Disse Rodney.
-O Rodney me da mais refrigerante? –Eu disse.
-Que menina... Legal! –Disse ele pegando a jarra com refrigerante.
-Bem legal! Tem que servir os visitantes!-Eu disse.
-Até parece que é visita! –Disse Rodney.
-Sou!
-Vou te colocar para lavar vasilhas! –Disse Rodney.
-Não! Obrigada! –Eu disse rindo.
O programa era de duas horas e quarenta e cinco minutos, o tempo ia e agente nem via direito, mas era muito gostoso. Depois de toda aquela curtição do programa todos já estavam animando ir embora.
-Antes de vocês irem embora, vamos tomar um café? –Disse Liliam.
-Não, não queremos incomodar vocês! –Disse Clara.
-Clara? –Disse Samuel.
-O que foi? –Disse ela.
-Fica gente! –Disse Rodney.
-Tudo bem, agente fica! –Disse Lucas.
-Vindo do Lucas! –Disse Clara. Rimos.
-Fala sério! Eu vou então! –Disse ele.
-Deixa de ser feio! –Disse Rodney. Lucas fez uma cara bem engraçada.
-Lucas quer o violão? Eu filmo! –Disse Liliam.
-É mesmo! –Disse Samuel.
-Ou vocês podiam dançar! –Disse Clara.
-Não! –Eu disse.
-Por quê? –Disse Rodney rindo.
-Deixa pra lá. –Eu disse.
-Vai ser bom que a dona Duda vai cantar! –Disse Lucas.
-Não Lucas, chega! –Eu disse.
-Vamos comer na mesa. –Disse Liliam.
-Está bem, pega o violão! –Disse Lucas.
-Ok! –Disse Liliam.
Enquanto Liliam preparava o nosso café, Lucas ficava na sala junto com os meninos se divertindo ao som do violão, meu celular tocou era uma chamada de Gustavo.
-Oi gata! –Disse ele.
-Oi! –Eu disse.
-E então, ainda está de pé o convite para a igreja?
-Sim! Vai querer ir?
-Claro, está se divertindo aí?
-Sim! O pessoal é bem animado.
-Saudade de você! Vamos sair depois do culto?
-Sim, onde?
-Agente olha, ou te ligo.
-Está bem!
-Duda! –Gritou Samuel me chamando.
-O que foi? –Disse Gustavo.
-É o Samuel me chamando.
-Sei.
-O que foi?
-Nada. Vou te deixar ir.
-Está bem!
-Tchau!
-Tchau!
No fundo, o ciúme dele era chato, às vezes eu me perguntava se valia a pena ficar com ele. Em um namoro tanto o garoto como a garota, precisam de certo espaço. Uma relação tem que ser totalmente equilibrada, ambos devem conhecer as qualidades e os defeitos, o que gosta e o que não gosta para poder compreender o outro e não decepcionar. Faltava muito isso entre mim e o Gustavo.
-Duda!
Mais uma vez gritou Samuel, até que eu fui e quando cheguei os meninos estavam dançando na sala. Era até engraçado, a Clara tinha uma personalidade um pouco forte, ela não tinha as mesmas condições financeiras que eu Samuel e Lucas tínhamos, mas seu caráter era sem igual, seu jeito de ser. Era uma menina bem feliz, às vezes demonstrava que gostava de Samuel, mas parecia ter medo ou receio de ficar com ele. Já Samuel, cara de pau, sempre demonstrava!
-De boa, quem dança mais? Eu o Lucas? –Disse Samuel.
-O Lucas! –Disse Clara.
-Que isso? –Clara riu.
-Eu estou brincando, Lucas é meu amigo! –Disse ela.
-Porque estava me gritando tanto? –Eu disse.
-Você sumiu e agente estava discutindo umas coisas. –Disse Samuel.
-Estava no telefone. –Eu disse.
-Com aquela mala? –Disse Samuel.
-Mala? –Disse Lucas.
-É o namorado dela! –Disse Samuel.
-Samuel? –Eu disse.
-Tudo bem, me desculpe! –Disse ele.
-Gente, amos tomar um café! –Disse Liliam.
Sentamos a mesa e fomos tomar o café, foi muito bom estar com eles toda aquela tarde.
-Temos que fazer mais vezes, mas da próxima vez vai ser na casa do Rodney! –Disse Liliam.
-Tudo bem, mas a Eduarda vai lavar os pratos! –Disse Rodney.
-Porque eu?
-Esse seu jeito de princesinha, seria engraçado demais, lembra da última vez? –Disse ele.
-Nem lembre!
Eu estava na casa do Rodney com Liliam, tínhamos acabado de comer macarrão. Ele pediu para que eu lavasse, então fui lavar, não tinha muito costume com essas coisas, fiz uma bagunça na cozinha dele e ainda me molhei muito, quando eles viram tiraram até foto, eu tinha quinze anos.
-Conta! –Disse Samuel.
-Não! Deixa a menina! –Disse Liliam rindo.
-Conta! –Disse Samuel.
-E aí Duda?
-Não faça isso! –Eu disse sorrindo.
-Deixa gente! Vocês tinham que ter conhecido ela há algum tempo atrás a magrelinha aqui era muito engraçada! –Disse Rodney.
-É mesmo? –Disse Lucas.
-Sim Lucas, vocês que não lembram à parte mais legal era quando cantava na igreja! –Disse Rodney, eu fiquei em silêncio.
-Eu me lembro! –Disse Lucas.
-Lembra? –Eu disse.
-Sim, sabe aquelas pessoas que mais se destacavam? Era você! –Disse ele.
-Que isso? –Disse Clara.
-Não, não era tanto assim! –Eu disse.
-Claro que era você tem um talento muito grande que não usa. –Disse Rodney.
-Rodney! –Disse Liliam.
-Tudo bem amor! Mas que você tem isso é verdade, vocês tinham que ver! –Disse Rodney.
-Chega Rodney! –Eu disse.
-Tudo bem, eu tenho essa menina como uma sobrinha! –Os meninos riram. Eu fiquei meio sem graça.
-Porque você não volta? –Disse Samuel.
-Como assim? –Eu disse.
-Você entende!
-Não, é que é uma longa história! –Eu disse.
-Conta, você pode confiar em nós! –Disse Lucas.
-Obrigado Lucas, mas deixa.
-Tudo bem! –Disse Lucas.
-Eu tenho que ir, passar em casa, agente se vê no culto!
-Tudo bem, eu te acompanho. –Nos despedimos. Liliam me levou no portão enquanto eu chamava um táxi. –Desculpe qualquer coisa! –Disse Liliam.
-Está tudo bem! Eu sei que preciso de uns bons puxões de orelha.
-O Rodney é meio doido mesmo!
-Irmão mais velho, você arranjou o cara certo! –Eu disse.
-E como, nunca tive ao meu lado alguém que me respeita tanto!
-Que bom!
-O táxi está vindo eu vou nessa!
-Tudo bem, agente se vê! –Disse ela.
Despedimos-nos e eu entrei no táxi, direcionando o taxista para onde ir, olhando pela janela a paisagem e pensando nas palavras do Rodney. Curti tanto passar à tarde lá. Quando cheguei a casa, não tinha ninguém, estranho, pois minha mãe não me avisou nada. Twittei como tinha sido bom a minha tarde, recebi de Aline um tweet, ela estava também animada: ‘E eu vou a uma festa maravilhosa agora mesmo!’ Queria que ela se divertisse. Vanessa não falava nada, às vezes ela parecia muito distante. Não a culpava, eu muitas vezes me afastava por suas idéias e também conceitos. Tomei um banho, me arrumei e deitei, olhando todos os e-mails vi uma foto dos meninos ainda na casa da Liliam, queria estar lá. Quando deu o horário liguei para Gustavo.
-Oi amor! –Eu disse.
-Oi gata!
-E então, está pronto?
-Sim!
-Vem me buscar?
-Sim, eu passo aí, já estou indo! –Disse ele.
-Ok! –Ele terminou a chamada, minha mãe e meu pai chegaram.
-Eduarda! –Disse minha mãe.
-Oi! –Fui até eles.
-Que bom que já está aqui, aonde vai?
-No culto, lembra?
-Sim!
-Eu já estou quase indo, posso sair com o Samuel mais tarde?
-Vai depender se terminar tarde, negativo! –Disse meu pai.
-Está bem!
-Já tom ou café?
-Sim, onde estavam?
-Na casa da sua tia.
-Que bom!
-Peça para o Gustavo dar uma passada aqui quando chegar.
-Está bem pai.
-Eu vou subir.
-Eu também! –Disse minha mãe.
-Ok, devem estar bem cansados!
-Sim! Amanhã, estamos querendo chamar sua tia para almoçar com agente.
-Pode ser. Foi muito bom na casa da Liliam!
-Você conta pra gente.
Enquanto eles subiam, eu fui para fora e o carro de Samuel se aproximava. Depois de passar uma tarde com amigos, com família, cantando, foi muito bom, queria que tudo se repetisse.
-Oi amor! –Disse ele saindo do carro e eu me aproximando.
-Oi amor!
-Está linda. –Ele me deu um abraço e um beijo.
-Obrigada, você também! –Ele sorriu.
-Que bom que gostou, vamos agora?
-Sim, mas antes vamos lá dentro, meu pai quer te ver.
-Por quê?
-Ele quer te ver!
-A pergunta foi por quê!
-Calma, deve ser por que você namora a filha dele.
-Tudo bem!
Entramos, chamei meu pai. Ele desceu minha mãe não.
-Boa noite Gustavo. –Disse meu pai.
-Boa noite!
-Sente-se? –Disse meu pai, estávamos perto da escada.
-Não, já estamos indo.
-Sente-se! –Nos sentamos.
-Você anda sumido, bem, eu só queria dar uma olhada em você, vou viajar espero que vocês fiquem bem.
-Viajar?
-Sim, é uma caravana, mas não demora muito.
-E quando vai ser?
-Semana que vem!
-Já pai?
-Sim Eduarda eu espero que vocês fiquem bem!
-E vamos! Que o senhor aproveite a viajem. –Disse Gustavo.
-Com certeza, sei que Deus vai sim abençoar vocês, vou ter sim.
-Vamos amor?
-Vamos!
-Tchau, Deus abençoe! –Disse meu pai.
-Tchau! –Disse Gustavo.
-Tchau pai, amém! –Saímos, quando já estávamos entrando no carro, Gustavo não parecia satisfeito. –Tudo bem?
-Não entendo seu pai, nos fazer sentar bem na hora de ir!
-O que você tem?
-Nada.
-Não parece, parece estar impaciente demais!
-É estou, vamos logo.
Gustavo não estava muito bem, não sabia o motivo, ele não ia falar a maior parte do tempo Gustavo ficou calado, se eu me aproximasse ele ficava sério, aquilo me deixava chateada, mas passava bem rápido. Quando chegamos foi muito bom, ia encontrar os meninos. Vi várias tribos, era um ambiente diferente do que estava acostumado ver. Entramos e fomos para mais perto do altar, vi Lucas e Samuel, sorri para eles, eu e Gustavo nos sentamos, não demorou muito Lucas e Samuel foi nos ver.
-Oi Duda! –Disse Samuel.
-Oi Eduarda! –Disse Lucas.
-Oi gente! –Eu disse. Olhei para Gustavo e ele estava sério.
-Gustavo aqui? –Disse Samuel.
-Não, é só um holograma meu! –Disse Gustavo.
-Gustavo! –Eu disse chamando atenção dele e sorrindo ao mesmo tempo.
-Tudo bem! Como faço para desligar? –Disse Samuel sorrindo.
-Lucas esse é o Gustavo, o meu namorado.
-E aí? Seja bem vindo! –Disse Lucas o comprimentando.
-Valeu! –Disse Gustavo sorrindo, mas sentia que ele estava incomodado.
-Eu tenho que ir, eu vou tocar violão, fiquem a vontade, que bom que vocês vieram.
-E a Clara? –Eu disse.
-Ela ainda não chegou. Eu vou indo também! –Disse Samuel. Eles saíram.
-Não entendo esses caras, principalmente esse Samuel. –Disse Gustavo.
-Eu não entendo você!
-O quê?
-O que você tem?
-Nada!
-Então por que fica com essa cara de mal humorado?
-Como assim?
-Essa cara de quem comeu e não gostou você está me deixando nervosa.
-Deve estar de tpm mesmo! Fica calada que é melhor.
Eu fiquei muito nervosa, mas tentava me acalmar, chegamos cedo, não vi Liliam e nem Rodney.
-Acho que vou até os meninos.
-Não vai mesmo Eduarda.
-Por quê? Vem também!
-Não. Amor me desculpe, eu estou sendo muito grosso com você!
-Tudo bem, eu desculpo, me desculpe também! –Eu sorri, gostei muito da atitude dele, ele me deu um abraço. O culto já estava quase começando, vi Liliam e Rodney, eles se aproximaram.
-Oi! Que bom que vocês vieram! –Disse Liliam nos comprimentando.
-Oi Gustavo, quanto tempo! –Disse Rodney.
-Oi! Como vão? –Disse Gustavo.
-Bem! –Disse Rodney, eles se sentaram ao nosso lado.
O culto começou tocaram de tudo, MPB, Rock, Adoração e tudo gospel, foi muito bom, Gustavo não se empolgou muito. Na hora da pregação foi algo que tocou meu coração, o pastor pregou sobre a vontade e a obediência dos nossos sentimentos onde nós não deixamos Deus agir, mas sim o que nos favorece. Quando acabou Gustavo me apressou para que fôssemos embora, e rapidamente fomos, enviei uma mensagem para minha mãe dizendo a ela onde estava, fui para a casa de Gustavo, a tia dele e o esposo dela estavam lá. Gustavo e eu nos sentamos na sala.
-O que achou do culto? –Eu disse.
-Foi bom!
-Você vai com tão pouca freqüência.
-É, preciso ir mais. Foi bom estar com você! –Eu sorri. –Amor deita! Fica a vontade.
-Não amor, assim está bom!
-Quer alguma coisa?
-Água!
-Não está com fome?
-Não! –Gustavo pediu para que a empregada da casa dele servisse.
-Meus tios só ficam aqui! –Disse ele.
-Eles gostam de você!
-Se fosse isso!
-Eu quero que você se sinta a vontade!
-Eu estou! –Gustavo ligou a televisão.
-Que bom que você está aqui para me fazer companhia!
-Parece solitário!
-Estou mesmo minha mãe sumiu, às vezes fico tanto sem tiver e é ruim!
-É mesmo!
-Deita amor, será que eu não posso curtir você mais?
-Tudo bem! –Deitei junto com ele no sofá, me sentia um pouco incomodada, não gostava de ficar com ele assim. Ele passava a mão no meu cabelo, me deu um beijo no rosto. Era bom estar com Gustavo, mas cada vez mais eu estava incomodada, com um pouco de medo.
-Por que você nunca disse que me ama? –Disse Gustavo.
-Por que você nunca disse?
-Quer que eu diga?
-Se você me amar de verdade!
-Acha que amo?
-Talvez sim.
-Por que talvez?
-Sabe o que é o amor?
-Sei!
-Então me diga Gustavo!
-Amor é mais que palavras!
-Não me diga!
-Parece irônica! –Eu ri baixo.
-Que sorriso lindo!
-Amor eu acho que eu vou agora!
-Por quê? Fica mais!
-Não, não é uma boa idéia!
-Por quê? Está na minha casa, comigo, meus tios estão aqui!
-É melhor não acha?
-Não! Fique quieta!
-Por que agente se vê tão pouco?
-Falta de vergonha! Vamos nos ver mais?
-Sim, se você tiver disponível! Sempre estou! Fica mais um pouco mais?
-Está bem!
Enquanto estávamos naquele momento, sem falar nada e só ficar junto eu me lembrei do dia novamente de ficar perto da Clara que era legal, da Liliam, de ter cantado com Lucas, mesmo com tanto nervosismo de não estar acostumada com aquilo. Olhei para Gustavo e não entendia porque naquele momento eu não ficar pensando nele e em nós dois. Deveria ser porque eu amava muito os meninos. Gustavo me deu um beijo, me abraçava e me deixava muito próxima a ele. Eu já estava com medo.
-Amor, eu vou embora!
-Só mais um pouco, vai dar dez horas ainda.
-Não, eu vou mesmo.
-Não está gostando?
-Não é isso, eu vou embora mesmo.
-O que foi?
-Eu não estou muito bem!
-O que você tem?
-Eu estou incomodada.
-Com o quê?
-Agente aqui, eu vou embora.
-Você está com medo de quê? Eu não vou fazer nada com você, você não confia em mim?
-Confio, mas melhor eu ir.
-Confia em mim?
-Confio em você Gustavo.
-Fica mais, fecha os olhos, me deixa cuidar de você!
-Está bem! –Fiz o que ele pediu, meu coração acelerava, eu tinha medo de fazer alguma coisa errada. Gustavo passava a mão no meu cabelo, eu estava gostando de estar com ele, mas aquele medo não ia embora. A tia dele se aproximou da sala e nos viu deitados no sofá, ela voltou.
-Amor, não fica com medo de ficar comigo, eu não vou fazer nada com você que não queira.
-Tudo bem!
-Quando quiser ir me fala.
-Está bem! –Fiquei mais um pouco com ele, quando estava dando dez horas da noite decidi ir.
-Está muito bom.
-Está sim, agora eu vou mesmo!
-Tudo bem, eu vou tirar o carro. Só não sei onde deixei a chave, fica aqui só um pouquinho?
-Sim, pode ir. –Ele se levantou e foi buscar a chave, a tia dele se aproximou de mim.
-Oi moça linda! –Disse ela.
-Olá, como vai?
-Bem, eu vi vocês aqui, me desculpe, eu me preocupo muito com o Gustavo.
-Eu entendo.
-É que...
-Tia! –Disse Gustavo.
-Oi! –Ela se levantou e eu também.
-A senhora dizia...
-Cuida bem dele! –Disse ela.
-Com certeza! –Que estranho o comportamento dos dois.
-Vamos?
-Vamos, tchau!
-Tchau! –Ele pegou na minha mão me levando rápido para o carro.
-O que foi amor?
-O que minha tia estava falando com você?
-Nada, ela disse que se preocupa com você e eu também, o que foi?
-Nada amor, às vezes eles se preocupam demais.
-Está me escondendo alguma coisa?
-Não! Entra, vamos embora.
Entrei no carro com ele, não entendi, assim que entramos Gustavo ligou o som, estava dirigindo rápido.
-Foi muito bom estar com você! –Disse ele.
-O mesmo!
-Desculpe qualquer coisa, vi que você não ficou bem.
-Estou bem! –Estava bem melhor, não gostava de ir pra casa dele e ficar naquela intimidade.
-Tudo bem!
-Amanhã agente se vê então?
-Sim!
-Minha mãe quer chamar mais alguns familiares.
-Quem?
-Minha tia, deve chamar Sofia.
-Sofia não!
-Por quê?
-Ela fica no meu pé!
-Vou ficar com você!
-Tudo bem! –Já estávamos chegando, ele não morava longe.
-Agente se vê pouco, mas quando se vê é muito bom!
-É verdade! –Ele parou o carro.
-Pensa em mim!
-Você também! –Ele me deu um abraço, me deu um beijo.
-Tchau!
-Tchau! –Entrei em casa, minha mãe estava na sala, provavelmente me esperando.